Isto Só Visto

sábado, janeiro 13, 2007

Mistery (All my life has been a mistery)

Para os fans do "House" e Do Hugh Laurie

O Baptismo na Maioridade...

Ao saber de um amigo meu que quer ser baptizado aos 21 anos, para poder mais tarde casar pela igreja, apesar de manter intacto o seu ateismo por toda e qualquer religião, pus-me a pensar de como será essa experiência, para um ser humano que já está plenamente consciente de tudo o que se passa à sua volta, e de todo o processo que envolve tal ritual.
Presumi, desde logo, que, se ele se quiser manter fiel aos seus principios terá de mentir ao padre naquele pequeno questionário que eles fazem préviamente, onde procuram indagar sobre a fé e a crença do individuo, o que não deve ser uma boa maneira de começar qualquer cerimónia religiosa: Mentir a um padre.
depois pus-me a pensar no próprio ritual em si, sobretudo quando comparado com a idade normal de baptismo, que se realiza normalmente antes de completar um ano de idade. Ora vejamos, o baptismo é um pouco como a nossa primeira festa de aniversário, não sabemos bem quem são metade das pessoas, nem sequer porque é que elas ali estão, mas sabemos que a ocasião deve ser importante, porque estão todos a tirar fotografias e a rirem-se com um ar de parvo. por outro lado, na maioridade, isso já não acontece. sabemos exactamente quem são as pessoas, e sabemos o que estamos ali a fazer, e se não formos crentes, queremos é despachar aquilo porque temos mais que fazer.
temos ainda o ritual do almoço. tal como nos casamentos, quando somos baptizados em bebés, o "evento" é normalmente seguido por um almoço de familia, onde quem fica com o pior prato somos nós, porque básicamente não estamos em idade de comer grande coisa ainda. Neste ponto o baptismo tem vantagem em relação ao casamento, porque básicamente a unica entidade com quem fazemos uma promessa de fé é Ele, e, se não formos fieis podemos estar descansados, porque em principio ele não nos fica com os filhos nem com metade do que nos pertence. Na maioridade, também isto não faz sentido, parece que toda a "ocasião" se desvaneceu pelo simples facto de nós sabermos o que nos está a acontecer, e provavelmente acabamos por almoçar em casa, pois para nós trata-se de um dia igual a tantos outros.
mas o que me faz mais confusão é o momento de lavar a cabeça com água benta. É que na maioridade, sabemos exactamente para que serve aquela pia com água, e qual a função da pessoa que nos está a segurar na cabeça. Já não é credível que nos passem pela cabeça coisas como: "Então, hoje não há shampoo?" ou "quem é este gajo de cachecol até aos sapatos que me está a deitar água na cabeça sem eu sequer lhe ter urinado para cima?". aos 21 anos, o máximo que podemos fazer é aguentar e provavelmente agradecer no final, com aquele sorriso amarelo de quem levou com água na cara e não pôde retribuir com um murro nos dentes.
E... como acabará todo este processo quando já somos maiores? nos bebés é fácil de prever, ele ou ela chora, os pais dão uma "gratificaçãozinha" ao padre e passados momentos tudo acabou, mas o que é que o senhor maior de idade faz? não vejo outra saida que não seja o "então obrigadinho sim? foi um gosto, e até à próxima".

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quinta-feira, janeiro 11, 2007

New Orleans Jazz --

New Orleans Jazz

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